domingo, março 01, 2009

II PARTE
MAKTUB: ESTAVA ESCRITO


Mas não foi ao berço da realeza com a visita ao Líbano de Dom Pedro II convidando ao trabalho no Brasil que as levas de imigrantes árabes garantiram as boas condições de vida no país. Como a maioria dos ciclos migratórios que o país recebeu as condições prometidas e as que encontravam a realidade era muito diferente.
A s dificuldades da língua, cultura e religiosidade, no entanto foi diluída ao passar dos anos, passando a cultura brasileira receberem imensas influências árabes, destacando-se culinária, arquitetura e palavras incorporadas ao português.
O universo dos sonhos no país que os acolheu foi repassado aos descendentes quando já brasileiros natos.
A família MURAD, foi uma entre tantas e que se deslocaram ao interior de São Paulo.
O Senhor ALEXANDRE MURAD vivia num ambiente humilde, ao entorno do meio rural. Tinha como forma de sobrevivência realizar carretos para os moradores das fazendas e pequenos vilarejos circunvizinhos.
Uma carroça grande a parelha de bois e a tarefa de transportar desde casal de noivos, a o leite e seus derivados produzidos nas fazendas da região. Mudanças, compras, plantas, animais e pessoas tudo sobreposto ao carro de boi, tudo na estrada de barro a ranger o transporte, a carregar “fatias de vida” das pessoas.
Muitas vezes ajudado por Seus filhos JOÃO BATISTA E ANDRÉ, que seguiam a frente com uma vara a conduzir a parelha de bois.
Num determinado momento um circo no terreno vizinho da casa de seu pai, e o circo permaneceu meses. Tal convivência acendia aos olhos do menino um grande sonho o de trabalhar num circo.
MAKUTUB estava escrito. A alma do artista e a criança que amava animais, ao ponto de conseguir um pequeno pônei, tracejaram sua vida pelos caminhos paralelos da arte, primeiro vendedor de anúncios de radio, logo cantor em dupla com programa no rádio, depois apresentador de rodeios, depois aquele que vendendo anúncios passa a criar os anúncios, criando uma agencia de propaganda, depois os Circos, O DOMADOR, o empresário, o artista, o amigo dos artistas, depois o Personagem Herói
Cavaleiro, depois a TV, o cinema e sempre os circos, O teatro de Pavilhão, até seu mais ambicioso e impossível projeto que realizou...
Esta profissão do ALEXANDRE, o tornou um personagem bem quisto na comunidade, atento as pessoas simples a quem servia com dedicação e humildade, como todo imigrante árabe tinha uma visão do mundo perspicaz e atenta. A sua grande empatia viria mais tarde ser homenageada quando o seu menino João Batista, viria se tornar além de um grande empreendedor um artista que ao criar um personagem denominaria ao codinome do pai Alexandre seu Herói Brasileiro,
Beto Carrero, Carrero era como conheciam o Alexandre Murad. Naquele ambiente humilde os sonhos do menino, as primeiras realizações do adulto

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