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sem ilustração! intencionaL,este poema haveria de ter-me nascido em 3 de outubro....
chove n.ilha
carmen l. fossari
Eu vejo a cidade
afundar
as desesperanças e,
a credulidade.
Os poderosos dão a festa,
o povo saúda em alegria
ao algoz que a luz do dia
tritura as árvores
rouba as areias das dunas
coloca arame nas reservas naturais
e se faz donatário
dos recantos que seriam de todos!
Na festa dos algozes
só resta à ilha
ficar perplexa,
como eu, perplexa!
Da ignorancia que cega
das massivas benesses
aparentes, que
solapam da história
a própria história.
Haveria de ser algo mais
consequente a democracia?
Urram ao gritos
vitoriosos
as gentes simples
cheias de credos,
de medos,
de esperança
Mal sabem que adulam
ao próprio algoz...
segurando as bandeiras
tremulantes
sob a chuva fina
que lava a memória
de todos os desmemoriados
aos arrabaldes,tão distantes
da cidade.
Que triste sina
em poucas horas talvez o circo e o pão.
e uma bandeira em farrapos
da enganosa propaganda ,
na lama da chuva enleada.
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8 comentários:
Parabéns, Carmen pelo grito de alerta, por quem não sabe ou tem medo!
A tristeza põe-se na alma
mesmo que seja no mais radioso dia,
quando se quebram as esperanças de todos
em prol dos interesses de alguns.
Como é possível tamanha ignorância?
A Terra é património de todos;
os que dela nasceram
e nela hão-de morrer.
Não devemos cruzar os braços
e deixar que nos vedem a alma
e a voz com arame farpado.
bj,
jmj
JOÃOJACINTO!
Respondes com poesia, e partilhas esta dor, este mal estar no espaço de todos, que os olhos alcançam em vislumbrar´.
Só resta este grito, e o silêncio profundo, das pedras milenares, que tudo vêem, e só ao vento e ao tempo se deixam lapidar.
Obrigada infindo, poeta que minh.alma evoca!
Bjs
Carmen
JOÃOJACINTO!
Respondes com poesia, e partilhas esta dor, este mal estar no espaço de todos, que os olhos alcançam em vislumbrar´.
Só resta este grito, e o silêncio profundo, das pedras milenares, que tudo vêem, e só ao vento e ao tempo se deixam lapidar.
Obrigada infindo, poeta que minh.alma evoca!
Bjs
Carmen
E como diz o poema;
Poderá um homem,
(sobre)viver tranquilo,
ao infortúnio de outro(s)?
bj,
jj
Carmen
Agradeço-lhe o belo comentário que deixou no meu blogue e acrescento mais este, aqui onde a poesia e gentes também moram.
O Lucro e o Homem
Ao lucro é difícil
o que o limita crescer.
Mas jamais, pela justa paga,
a quem o promove
pelo trabalho!...
O Lucro fácil
não pode esperar.
O Homem?!
Que saiba morrer!...
Crise de valores?!
Moral!...
A escravatura foi abolida
e a escravidão tornou-se clandestina!
Ao poder
a condição de saber servir
e ser líder de gentes!
joão m. jacinto
bj,
jmj
João teu poema traz a força dramática de Bertolt Brecht, ao auge de seus poemas dialéticos, e aos quais sou fã ardorosa, a proposito algus veros
brechtianos
: o óleo foi ao fogo, e se viu um imenso incendio
o patrão (do campo)
foi à menina
o corpete dela cada dia mais apertado
a raposa foi ao galinheiro
há penas , por todos os lados...
Embora não textuais os versos este pinçar as etruturas do ser humano frente as relações derivativas do capital trazem este cunho evocativo à razão do leitor.
Este teu Poema Menino do Montijo, tem esta sabedoria de ser um rastro de luz, como quem pudesse ter as mãos as chaves libertárias do homem face a exploração do próprio homem.É belo que na contemporaneidade onde tudo gira ao entorno do lucro, o Poeta instaure seu olhar de advertência , então suas palavras
são as tormentas únicas que podem
romper a massa compressora do capital... as consciências despertas, que a vida há de ser
melhor, bem melhor a quem em liberdade ao menos tocar seus sonhos.Amei seu poema,muito.
Parabéns
bjs
carmen
As palavras devem ser verdades
que ferem e matam
como lança que trespassa as mentiras
vestidas de veludo e rendas…
Também cerejas
e amor-perfeito…
As palavras devem ser verdades
escutadas até à alma,
por quem as saiba dizer
e melhor, ouvir.
joão m. jacinto
Grato pelo comentário!
Bj,
jj
Uma boa viagem aos artista da palavra; declamada, cantada…
Grato pelo comentário!
bj,
jj
Voo
A grande águia
lança-se, agora, no seu voo de cor,
aos céus de todos os desejos
e esperanças,
vitoriosa,
inteligência,
liberdade,
sobre o negro
(de máscara pálida),
que assombrou nações
e foi prepotência
e poder.
joão m. jacinto
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