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sábado, março 22, 2008
Poças d’àgua
Poças d’àgua
carmen l.fossari
Ao meio da tempestade,
Viu o menino
De ser adulto,
Içarem as velas
Dos sentimentos tantos.
Que o barquinho de papel,
Espelhando em imagem sua
Ontem de criança sendo,
Na poça d.água,
Era já uma caravela repleta.
Todos os ventos
Todas as fases,
Rotações e luas
E pensando ser talvez ali
De seu barco de papel
Na poça d'água
A caravela de aventuras
Nos seus sonhos
Já e já a transformou
Face aos dilúvios
Que vieram,
Na Arca de Noé
Do menino homem.
Assim depositou dois a dois
Os sentimentos,
Parte deles afundou ao maremoto
Que as tempestades estiveram.
Outros, os sentimentos,
Uniram-se às raízes
De aquele insólito sobreviver
E forjaram das letras,
Alguns poemas.
O menino abandonou-se de memórias,
Não de todo, que ainda sobrevive,
Quando o sol impregna seu calor...
E os mares voltam a ser
A pequena poça d’água
Na palma da mão
Que escreve um mundo.
A menina que só viu a escritura
Pensou nas poças d'água
Que saltava, a sua infância
Perdurava, até o sempre
E lá, de latinha as mãos
Buscava as piavinhas
Cheia d'água
Ficava a olhar
Creditando nos adultos
Que dali nasceriam
Aquáticos seres
Adulta foi ler os poemas do
Menino homem e sua poça d'água.
18 março 2008
ps:Menino do Montijo:as vezes a rua de mão dupla é totalemente aquática cf.
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6 comentários:
Saudações Carmem,
vi seu blog no blog Ruth Laus, e não resisti.. Muito lindo seus poemas, verdadeiro. Parab[ens!
Oi Douglas
Obrigada por compartir o tempo em poesia. Abraço
carmen
Tão belo o seu poema!
Sinto-me um barco de papel
perdido no oceano
e me afundo nas palavras
sem poça para fingir
sem criança para me agarrar.
Mas dos versos
(re)nasço,
como o ciclo das marés;
não conhecesse eu a
fases que a Lua tem!...
Tenho por hábito
prendê-la nas poças
que crio nas palmas
das minhas mãos.
joão m. jacinto
Uma boa semana!
bj
Grato!
Sinto-me honrado!
bj
João Jacinto
Retornas em visitar o Armazém, e a luz de tua presença reverbera os versos que tatuas de sensibilidades.Tu leitor antes de sair és o poeta que já escreve
outra centelha lírica, chegas em poesia estando e dadivosamente ofertas buquets de palavras e perfumes.
Obrigada
Bem haja!( tua frase que roubo de ti)
bj
carmen
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