segunda-feira, setembro 03, 2007

detrás dos vidros


carmen lucia fossari
( um comentário a um poema do Menino de Montijo em 10 de agosto de MMVII- ILHA)

SABES SER UM BÁLSAMO,
AQUELE CAPAZ DE RESPLANDECER A NOITE
E CLAREAR O DIA
EM MEIO O CAMINHO DE ASTROS ,
PEQUENAS PEDRAS,RASTROS DE ALGAS,
FEIXES EM GRAVETOS DE COMPREENSÃO E TERNURA.
ESTES FRICIONADOS NA PALAVRA,
ESCULPEM O SER QUE SEI,
EM SENDO,VEJO -TE CLARIDADE E BRAÇOS REMOS.
O MAR NASCIDO DE TI É VERDE,
É POESIA E LEIO-TE.

E JÁ SOU A LINHA DO HORIZONTE.
PERSPECTIVA ONDE MERGULHO AO MAR,QUE O CÉU DESCEU
AO BEIJO DOCE DAS GAIVOTAS
VIRO A PÁGINA DO POEMA
POEMAR NO POMAR
DAS VERMELHAS MAÇAS
QUE ORA BRINCAM
E UMA DELAS PENSA SER A LUA
DO AMANHECER. A LUA VERMELHA

2 comentários:

joão m. jacinto & poemas disse...

Não sei navegar neste mar de poemas
onde o vento em silêncio
faz-me parar no espelho de mim
e as velas repousando presas aos mastros
anseiam por me mostrarem os aventurosos
e naufragados caminhos
aos mundos já desenhados nos mapas
do saudoso destino e da velha alma.

Lembro-me das ondas e dos ventos,
não me recordo quando e onde os vivi.

Este Karma de tantas vidas,
mais esta...
Lembro-me de amanhã;
hoje estou cansado de ontem.

joão jacinto

Grato, Carmen!
Belos são os seus poemas!
Neles navego quando os leio!

Bjs,

CARMEN FOSSARI disse...

Menino do Montijo

as paredes do armazém são pintadas de luz na passagem poética de teus eus de tantos tempos.
Entre os mastros e velhos mapas, entre os ventos e o silencio flutuam ao mar do ser , as palavras
que dão o descanso ao cansaço, que dão sonoridade ao silencio e dão alento a esperança, esta sim
deliciosamente kármica e tatuada no ventre do ser.
Linda presença que reverbera ao silencio na poesia que se cumpre. Obrigada. Beijos

Carmen