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sexta-feira, julho 06, 2007
DO SOL, DE VERDE.
Carmen Fossari
Olho a varanda
Inda que tímidos os
Raios d sol
Brincam de tocar aos vasos
Neles as plantas brincam de florescer
Um vermelho nas pétalas
Ao lado lilases e não mais cores
O inverno é para sermos como ursos
Pensam as flores.
E acabam sendo dadivosas
Deixam-nos os verdes
Aquarelando os concretos frios
Sobrepostas casas penduradas ao céu
Por fios de aço
Com janelas que esqueceram de olhar
As luas, todas as fases.
A rua escancara luminosidade
E o coração acelera por que
Agora dadivoso o sol abraça todo o corpo
E esquenta a saudade nascida
E faz a alma dançar
E no breve segundo
Transforma ao redor o concreto
Em árvores belas
Florestas
E já somos multidão
Escutando o canto
Entoadas loas
De almas e mistérios
De amor correndo
Da vida em milagre escorrendo
Aos veios do sangue verde
Auscultado o espírito de todas as árvores
Que habitam no silencio do mistério.
II
E agora é o centro do mundo
Na imagem de um pequeno raio de sol
Que transpassou na cidade
Varou a selva de concreto
E trouxe a infinda saudade
Da alma inteira da floresta dos verdes
Devastados verdes findos
Incógnita do amanhã
III
Ninguém conseguirá desvendar
Amanhã será o que há de ser
Seiva das árvores na multidão
Que habitam o mistério da vida
Pouco importa o amanhã
Hoje o sol aquece o verde
Rebrilham as gotas d, água.
Ainda haverá madrugada
Todos estes vultos concretos
Vagueiam ao sono
De sonolentas pessoas
A noite recorta vultos geométricos
Escondem a lua, mas abrigam tantos ninhos
A floresta de concreto zune os ventos
Que as almas das árvores querem voltar.
IV
Lorca já o tinha dito:
Verde que te quero Verde.
Ilha Entre a manhã de 6 e amanhecer de 7 de Julho, 2007
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2 comentários:
Tímido o Sol,
viva a esperança.
Belas as palavras e rica a luz!
Parabéns!
Bjs
jj
Verde
Nesta lembrança de verde
trémulo o sol toca,
receoso de limitado,
distante de sua exaltação…
O frio abraça de Inverno
as ruas e os corações
E na esperança de sermos
verde e floresta
alcançamos as margens
dos rios de multidão.
joão jacinto
Dos rios de multidão, eu, navego, ao vento, que me desnorteia em bússola.Uns versos me indicam sua presença ao Armazém, É sempre a mesma emoção primeira, do rastro de luz que permanece, da poesia que fica em perfume, dos versos que já os deixas, a flor da pele do poema. Obrigada Menino de Montijo
bjs
Carmen
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