quinta-feira, fevereiro 15, 2007

cont.

Ao retornarmos o pensamento á Grécia, tinha Anfiteatros, com capacidades variantes entre 25.000 a 30.000 pessoas, e, se, adequar em números, a população existente à época, tome como base o século V de Péricles, saberemos que esta capacidade é surpreendentemente mais significativa que as capacidades humanas dos estádios de futebol contemporâneos.Evidente que neste artigo, não quero trabalhar quantificações como foco principal, e apenas inicio com estes dados para que possamos juntos, leitor e eu , pensarmos qual a energia, que unia as cidades estados, vivenciarem sua COLETIVIDADE , de forma tão intensa e visceral, pois,este é o mistério referente àquele período que sempre me fascinou.Apaixonada por Teatro, no seu sentido de arte religioso e tribal, sempre tocou-me na epiderme de meu ser, o Teatro nascido lá, na sociedade grega, estratificada entre a nobreza, e escravos,conseguia através do teatro e, ,a revelia das ingerências estatais , na organização dos Festivais de Teatro ,celebrar aquela comunidade e afins circunvizinhas.Este ato coletivo gerido no seio da terra, cercados de mar , das Ilhas gregas, também nos esportes,repetia o congraçamento da sociedade em ver os seus filhos a representá-la, na superação dos limites de cada modalidade até então desenvolvida (as corridas, lançamento de dardos)etc..Pois que voltando ao enunciado inicial, à vontade de ter vivido por um segundo aquele momento histórico sempre me acompanhou, tantos pelos valores estéticos e éticos envolvendo o Teatro como aquela energia que geria os eventos nascidos no seio das comunidades.Aqui na Ponta do Sambaqui, comparo a Gincaponta com uma grande árvore,nascida no coração da comunidade, onde de cada casa alcança sua raiz árvore, e onde cada fruto da mesma arvore, pois que frutífera, fosse cada pessoa da comunidade em representação simbólica.

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