terça-feira, janeiro 09, 2007

continuação

É um poeta do amor e dos afectos, escreve com sentimento, à pele, mas com a gramática apurada.
Escreve a ferro e fogo, pela calada da noite, quando se vislumbram velhos fantasmas amigos, quando os pés aterram, finalmente, no chão, depois de muitas horas, dias, nas estrelas, a perscrutar novos horizontes, para quem o consulta, com esperança.
São poemas que vão ajudar a decifrar alguns enigmas, os mais íntimos, pessoais e “intransmissíveis” e também aqueles que são comuns à maioria das pessoas, transferíveis ao colectivo no que diz respeito ao modo de ser, agir e reagir, no mundo e com os outros.
São poemas rurais, urbanos, de amor e de esperança, de falta de fé e de morte, de um homem capaz de ser vários homens escrevendo poesia como quem constrói: faróis, estrelas guias, bússolas, para quem andar desnorteado, a nível pessoal e sentimental.
Os seus textos são incisivos, acutilantes, metafóricos, uns mais eruditos que outros, mais populares, e uns mais românticos que outros, mais ácidos, mas todos vibrantes, tocantes, incapazes de nos deixarem indiferentes.
Nesta obra está um olhar contemporâneo sobre o mundo, visto por um homem que passa a vida com a cabeça na Lua, entre outros planetas do sistema solar, e outros que ele ainda vai acabar por descobrir…
São poemas que ficam para a memória colectiva do final do séc. 20 e do início deste séc. 21, num percurso complexo e simpático de um “amador que ama a causa amada”, a Poesia, imprescindível para quem não prescinde do prazer, sensorial e mental, entre ondas emotivas e intelectuais que embalam o João Jacinto, agora numa nova fase.
Não é poesia académica, erudita, mas são poemas (…), essenciais e alguns inesquecíveis, para quem gosta de poesia.
Ler poesia é mudar de planeta, mental e emocional, é voar por entre as estrelas e pisar a Lua e é sempre assim de cada vez que se relê um poema que se ama. excluir


João Jacinto I
(gerenciar) 08/01/2007 10:49 Li e reli, vezes sem conta, “Não saber ser de mim”, “O tempo da idade”, “Amar”, “Criar” e “Não sei”…
Sei que há poemas curtos e filosóficos, outros quase cómicos, uns tristes, outros mordazes, descritivos, metafóricos, como no “Jardim da vida”, todos eles à espera de serem desbravados por exploradores de sensibilidades, por leitores ávidos, atentos e conscientes do peso que a poesia também tem na vida e até na politica, por vezes de forma pragmática.
Com uma expressão marcada por uma apurada sensibilidade, com um enorme capital linguística, com uma invejável cultura universal, com uma incontida emoção, com uma irrepreensível lucidez, simplicidade, beleza e candura, João Jacinto tem aqui um golpe de asa, mostra fôlego e talento, revoluciona e cria uma linguagem própria, marcada por um modernismo original, não atraiçoa os antigos nem as suas próprias raízes e atinge aqui um novo patamar, uma nova dimensão.
Os seus poemas são retratos de emoções, pessoas, sensações, paisagens, esperanças, traições, amores desamores, vertigens, passado, presente e futuro.
Com unidade, coesão e qualidade, com uma linguagem rica e depurada, este é o espelho de uma nova fase, rica e significativa de João Jacinto, que permanece fiel a certos valores, através das mais diversas mudanças e da sua própria reacção perante este mundo… e os outros mundos…
Em “(Re)cantos da Lua” faz-se um quadro vivo de uma geração, por vezes frustrada, do povo português, tão profundamente lírico e épico, sonhador e melancólico…
Na sua “marcha-poética-social”, João Jacinto parece um arqueólogo do futuro, faz dos seus poemas testemunhos históricos, instrumentos de cultura, verdadeiros manifestos, para a consciencialização da realidade portuguesa, nem sempre de forma tão complacente, a apontar o dedo às fragilidades ou a mergulhar vertiginosamente no poder da palavra universal. excluir


João Jacinto I
(gerenciar) 08/01/2007 10:50 Aos críticos e leitores destes “(Re)cantos da Lua” caberá a decisão final.
Mas para mim garanto-vos que o João Jacinto está sempre em quarto crescente e nunca, como agora, se transformou numa “Lua Cheia”, tão cheia de Poesia., pureza, liberdade, magia, amor e esperança.
Entre ilusões e desilusões, confusões, vitórias, derrotas e consolações, João Jacinto toma de assalto mas com segurança o lugar de poeta no firmamento literário das novas estrelas.


15 Dez. 2006

Ana Paula Almeida

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