Carmenlúciafossari 11 11 2006
Voltas , sempre voltas
Como a névoa
Em tuas mãos
Já encontras
Na partida
Tua face em meus dedos
Táteis te tocando
Há sons de tua pele
Feito arias
Que ouvimos no silencio desta noite
Ao longe, há catedrais de vidros,
Luzes em postados inertes
Caminhantes que transpassam em seus passos
Ir e vir
No teu corpo me encontro
Que este momento
Em que voltas
Sempre creio
De alegrias os meus olhos
Já encontram
Flores
Jardim
Praça
Arvores,
Uma a uma verdejantes
Testemunham em seus troncos por encosto
Nossa forma tão matreira do amor
Ali noite tarde
Nos beijamos
Escondidos feitos
Crianças a burlar
Entre o silencio da noite
A aurora em nossos braços
Que me dizes assim tão
De repente
Eu te amo
Meu amor
Por toda a vida
Digo a seguir, seguindo o eco
Eu te amo , tanto quanto
Ou mais ainda
Amoooooooooooooooooooo
Esta boca de espera
Nos encontra, tão felizes
Quanto inteiros entre nós
Parecemos já estarmos
Em ser uno
O amor é asa, é liberdade
É manter-se assim , como me sinto
Cativa ,no pensamento
Todo instante , retratando
Tua imagem na memória
E ao tocarem teus lábios
Em meus cerrados olhos
Vejo ainda assim
por entre as arvores
Dos seus longos galhos
braços feitos
Que atravessam entre as folhas
os fios de prata do luar
Já não te vejo em silueta a sentir
Contornado de luar que embriaga
Volátil vinho que salivamos de nós mesmos
Proibido este afeto a não mais ver
Das ruas e praças que por caminhadas
Sempre estamos a aportar
Alguns olhos de espreita
Em censura do amor
Que se esqueceu
Que mais belo, da paisagem pode haver
Que dois seres
A provarem deste amor
Bocas, mãos, olhos, braços
Corpos valsam
Esquecendo a solidão
Que outro dia se avizinha
De partires , com a certeza de voltares.
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