sábado, abril 21, 2012

N.Ilha

N.ILHA Carmen Lúcia Fossari Eu vejo a cidade Afundar As desesperanças e, A credulidade. Os poderosos dão a festa, O povo saúda em alegria Ao algoz mas ele Na luz do dia Tritura as árvores Rouba as areias das dunas Coloca arame nas reservas naturais E se faz donatário particular Dos recantos que seriam de todos! Na festa dos algozes Só resta na ilha Ficar perplexa, Perplexa! Da ignorância que cega Das massivas benesses Aparentes,mas que Solapam da história A própria história. A cidade,fica oclusa debaixo De tapetes de asfalto Haveria de ser algo mais Consequente a Democracia? Urram ao gritos Vitoriosas As gentes simples Cheias de credos, De medos, De pouca esperança Mal sabem que adulam Ao próprio algoz... Segurando as bandeiras Tremulantes sob a chuva fina Que lava a memória Criando desmemoriados Aos arrabaldes,tão distantes Da cidade. II Que triste sina Em poucas horas talvez o circo e o pão. E uma bandeira em farrapos Da enganosa propaganda , Na lama da chuva enleada.

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