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quarta-feira, agosto 17, 2011
a pequena eternidade ou a permanência do amor
a pequena eternidade ou a permanência do amor.
carmen lucia fossari
Mesmo que não o queiras
O amor se espraia
Ainda que caminhes
Distante
No primeiro vento
Ele volta
Te enleia
Embora tentes
Inutilmente
Distante,
Em todas as instâncias
Ele permanece
E quando pensas
Posso espreitar
A vida, debruçada
Na janela
Quando vês
Ele, já entrou de novo
Na casa que teu corpo
Habita
E, ele o amor
Preenche até
As gavetas que inutilmente tentastes
Deixar trancadas
Pois ali também entra o amor, como
Uma carta registrada
De destino certo
Como a revelação da foto
Que já não pretendias
Das poses reveladas
A imagem emergir
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