sexta-feira, fevereiro 04, 2011

CUBA





PUBLICO O ARTIGO INTEIRO QUE ESCREVI A RESPEITO DO ENREDO DA UNIÃO DA ILHA DA MAGIA,SOLICITADO PELA JORNALISTA ANGELA BASTOS QUE FAZ UM IM PORTANTE TRABALHO NESTA SEARA DO UNIVERSO QUE GIRA AO ENTORNO DO CARNAVAL.


Por Carmen Lucia Fossari, diretora de Teatro, poetisa
As Escolas de Samba, quando surgiram aliavam a crítica mordaz de fatos históricos, mas ao atravessarem os asfaltos e Avenidas destinadas ao Samba patrocinadas pelo Estado, foram paulatinamente “dourando seus enredos” embotando sonhos sociais e dando passagem ao Luxo no Reino da Alegria.
Amante que sou do Carnaval e tudo que lhe é adjacente consigo reconhecer que este glamour onírico é uma das mais vivazes características do povo multicultural brasileiro, mas quando ele está aliado aos sonhos coletivos da grande população que assiste e faz o carnaval, cria uma entidade humana indescritível a não ser pela ótica da Paixão.

A Escola de Samba União da Ilha da Magia, nascida de um exitoso Bloco de Carnaval da Lagoa da Conceição (como, aliás, é usual ao nascimento de quase todas as Escolas de Samba, nascer de um Bloco ou da divisão interna de uma Escola de Samba) desde seu primeiro desfile, fez Florianópolis perceber que veio para somar e oxigenar nosso Carnaval, e por vários motivos.

Se é verdade que lhe faltam os mágicos personagens das co-irmãs Embaixada Copa Lord e Protegidos da Princesa (as mais antigas), ou mesmo da Coloninha e Consulado do Samba, ou seja, personagens que encontramos nas alas das Escolas, como Ala das Baianas, Velha Guarda, outras, que amadureceram sambando na Avenida com o Pavilhão da Escola e sustentando ainda toda a história que o Samba da Ilha maturou é também verdade que a União, veio com a ousadia própria de uma Escola recém fundada e neste caso repleta de fôlego!
Considero uma bela ousadia o enredo: Cuba sim! Em nome da verdade.
Acabo de ler o enredo, e embora não tenha tido acesso a divisão das partes do mesmo, nem da distribuição das Alas, por isto não posso me ater a detalhes técnicos, posso sim reconhecer um enredo sedimentado num olhar maduro para a América Latina, varando o preconceito que a mass mídia dedica ao processo da REVOLUÇÃO CUBANA. Perplexa a propósito da propalada ditadura cubana ,no entanto ,agora percebemos que no Egito também havia uma ditadura de 30 anos só que lá, diferente da Cuba de Fidel Castro, apoiada pelo governo dos Estados Unidos da América do Norte.
A Ilha de Cuba teve mais sorte do que a de Florianópolis, homenageada pela Grande Rio, embora com um envolvente refrão O RIO TE ABRAÇA FLORIPA. soltam aos meio do samba : Bruxinhas... Será que terá Haloween?
Merecíamos mais, os artistas, o povo os que amamos Florianópolis e sabemos quão profunda é sua gente, suas, mulheres, seus homens, seus mitos!
A Arte e a Cultura Cubana são um nascedouro de emoções que certamente mergulharão sob as águas da Lagoa da Conceição diante de um sonho maior, sem preconceito, mas profundamente humano: SAMBA? LA LUCHA SIGUE Y EL SAMBA TAMBIEN!

Um comentário:

Antonieta Mercês disse...

Grande Carmem! Mostra a veia latina da mulher expressiva, muito criativa e curiosa.
Bjs
Anto