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segunda-feira, outubro 11, 2010
VOLVER
Volver
Carmen Fossari
Que o sentimento despiu-se
No inverno mais longo e frio
Que minha. almacorpo
Atravessou
Como uma terra sem veios d’água
Árida, pequeno deserto
Habitei-me como partículas de areias
Levadas pelo vento forte
Ao lugar do sem destino
Sem forma de areia duna
Apenas como deserto sem oásis
Sem sol escaldante, o frio enregelado
Prostei-me diante dos sonhos
Da minha alegria e amor de viver e amar
Não que houvera te amado, mas dedicara em lealdade
Parte do tempo meu a ti
Não que houvesse música em te escutar
Nos teus tantos nãos a vida, ao lançar-se
E aventurar-se, optastes na ilusão do hábito que se repete
Dia a dia, noite e dia.
Mas havia algo de sereno, na tua absoluta loucura
De claustro, entre estrelas e ruas sem fim
Havia algo de tênue promessa num olhar que li e reli
A melhor parte de ti
Descobri outras, que todas as temos
As humanas falhas, lapsos, erros
Quando o frio do longo inverno se for, e a primavera já se
Enuncia
Terei retornado ao meu universo
De sonhos e alegrias, pois já é o tempo findo
De esvair a tênue lembrança que ficou
Em algum canto de meu ser
Reencontro meu mais profundo sentido de viver
A abrir os braços ao amanhecer que
Como aquarela sobre um papel, dança
As possibilidades da felicidade
que chegou.
Reverdeço em amor.
SantiAGO DO cHILE 2007
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