sexta-feira, fevereiro 29, 2008

RECHOVER



RECHOVER


carmen l. fossari

O verão aos dias que são
é findo
Dos solares dias
adentrando noites
calor exalado foi
o tempo outro.

Abria a janela e as primaveras
floriam a flor da vida
como um estréia.

Os tempos do frio
casavam com a chuva
que está hoje,
Esteve ontem
e antes de ontem.

Casacos quentes
enleando o corpo
muitos, que o frio
se esparramava.
Outro dia assim de lãs envoltas
a alma tatuava ao corpo
O verão de tua presença
O amor ,compartidos
dias , noites e frios
de calores nascidos
do amor feito
quando a lua
penetrava em prata
ao sossego dos corpos
rarefeitos.

Renascida ela,
em sermos nós
A lua brincava de ser
um astro
um planeta
a girar
girar
girar

Tantos amores dentro do amor
em amar
tu e eu.

Redesenhando prazer,
aquarelando eus, teus,
seus, meus.
Seios de eu alados
boca tua de navegar
girando
virando
mirando
ando
de recordar
teu homemcorpo
esculpindo mulhercorpo
eu.
Breu da noite no dia que
te afastei , de ti, eu
em erradas
caminhadas ora eu sei.

Argilas que não alcancei ao tempo
macerar, quebrando de tuas mãos
o tempo que insurgi
da voracidade de girar
que me deteve
não te ver

Fechei das águas
a chuva, e
debruçada nas correntes aquosas
de um verão tecido de frios
escoa do alto
chuva em gotas tantas
afaga a tua presença não,
o corpo meu desagua
desata
ata o que há de trazerem os ventos,
como o verão ao outonal
mistério, do amor que findo
resvala em renascer
amanhã ,
pendurado que virá a raio de sol
que nascerá....


.

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