segunda-feira, outubro 02, 2006

Manhã Morna

carmenfossari

Esta janela faz-se ,
moldura
que sustenta
o azul feita a parede
transparente
e traz em si ,
abaixo
deste céu, sob a janela
e ,
acima
de meus olhos

meia cidade em metade
e do
Quarto vejo um quarto
desta urbana arquitetura
árvores ? foram queimadas
e cimentos carvões
se empilham e fecham
minha janela por janelas
que vão surgindo
em cada manhã
velha ou nova
Luas
Do mar ? solapam pedaços
e minhas tão mornas e tantas
manhãs são idas
Partidas
por cinzas
Abaixo de meus olhos
Só esta tênue cor
tão forte
Não fugiu o azul
e se enche de outras nuvens ( estou espiando )
Formam as almas em copas
das árvores cortadas

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