quarta-feira, setembro 06, 2006

LORCA...

POESIA Á FEDERICO GARCIA LORCA

Carmen Lúcia fossari

Em ternura tuas palavras

Ainda ressoam

Ecos, e, se tuas
As palavras

porque desvendas e,

por teu sentimento

Revelam-se, são nossas

As palavras

Que precisamos ouvir

E evocam também as

Nossas “veias abertas”

E, então vem à cena:

“ LA BARRACA”

Nos bairros e vilas camponesas

Eis o lazer pensante,

Chegando cedinho

Antes mesmo que a

Nova ordem social

Traga

Sopa quente

A todas as mesas,

O teu Teatro, chegou

Trazendo vida à quem

Tem que ter esperanças!!

E,o outro tempo, que

Também passará...

Há de chegar breve,

E vai soprar nos ouvidos

Em sussurros

LIBERDADE

(carícia comum)

Olho agora teus olhos

Negros,

Tão negros e belos

Que não conheci,

Mas que os vejo, emergem

Impressos, fotografias

E, eles ainda falam

Mesmo, depois de serem fuzilados,

se alam do papel memória e,

Contam as nossas incontáveis

Desesperanças.

Só estes teus versos fortes

movimentam e penetram

E dizem que a força do trabalho

De sol a sol, dos homens, das mulheres,

E (que horror) das crianças,

Silenciam gritos!

Só eles falam à todos nós

De que é inabalável o movimento

Do movimento

Que chega da força coletiva

Para que este mundo, do não

Seja ontem.

Agora choras porque te roubam

A tua vida

E os teus olhos negros se fazem silêncio.

S i l ê n c i o

Mas as nossas vozes de trabalho, não te silenciam

E, gritamos ensurdecidas,

ensurdecidos, até que

Por tuas palavras resgatamos

Que há outro caminho, por onde caminhamos

E caminhamos em ti abraçados

LORCA, LORCA!

....continuamos.

3 comentários:

Víktor Killermanahaan disse...

Lorca é Lorca. Agora os teus poemas tão bons demais. Vou ler de novo e te escrevo.

Vc esta formosa mesmo,beijo.

V. Kmhn.

(v.g. Cármen, V. kamin é a abreviação de Víctor Killermanahaan. meu novo seudonimo como pintor.)

Otirrep morrreeeeu, sem moreeeu.

CARMEN FOSSARI disse...

VK
Muito prazer, eu conheci OTIRREP, dizes que morreu, mas ficam dos mortos os versos, estes não morreram, esta tua necessidade de morrer-se e renascer em outro,que rensça em ti o ANIMA nas cores da pintura, póis que a vida é breve, e a amizade eterna.
Carmen
ps: escreve-me um endereço onde possa te postar meu texto sobre Neruda, que foi editado,tua opinião como chileno, me é fundamental.

CARMEN FOSSARI disse...
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