carmenfossari
Personagem que paira
Em fotogramas
Suspensos
Os fios
revelando-se
ao lado
dos moinhos do tempo
Trajetos notívagos
Retornam as mãos no corpo
Revelam
A dor impregnada
Sombra e luz
Reveladas
Veladas ,
Esquecidas de suas próprias
Texturas de esculturas em amor
Feitas depois de corpos valsando
Quando o amor amanhecia
No leito macio
Já não estás
Ficou o barro macerado
Argila volteando o abraço
Do corpo em entrega
Mel no canto do céu
Ponta de estrela caindo na face
Escorrendo ao corpo
Constelação de abelhas
Do favo nacarado
Naquelas
Sedentas molduras de corpos
Sedutores mergulhos
Unos eu , tu, nós
Depois e ...
Escuto o vago eco
Amainando ao silencio
Ele
Silente nos toca
Em dedos caricias
amorosa boca
muda tateia
e encontra vazia a moldura,
álbuns da memória repletos
de tanta ausência
No varal o papel
Molhado, não seca
E revelam-se outros negativos
Tão positivos de novos amanheceres
O vento valsa no entardecer
E a noite se detém
Em película
Astros correm no firmamento
Fotogramas salvos em outras revelações
Usadas as cores do amanhã
Em 19/9MMVI
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