MEMÓRIAS

ILHAS DOS AÇORES,PONTA DELGADA, LAGOA, DO ALBÚM DE GABRIELA NO ORKUT




GABRIELA MELO

Recebi esta carta , Maria Gabriela Mello uma amiga orkutiana, professora que vive na Ilha do Açores, em PONTA DELGADA e que hoje está a viver as "
Grandes Festas do Senhor Santo Cristo dos Milagres. Vêm emigrantes nesta altura pessoas das outras ilhas e actualmente do continente Português."
E ao meio da FESTA( e a festas açorianas são incontáveis, inenarráveis de belas e mágicas) de gentilmente autorizar que eu postasse sua escrita, que pareceu-me um depoimento belissimo, aflorada a memória.


Escreveu Gabriela sobre o 25 de Abril:

O poema e a mensagem que transmite, relembra com fidelidade o passado e o presente do que aconteceu em Portugal.Eu ainda era miúda lembro-me que não houve aulas neste dia mas não sabia o porquê.Havia um sussurrar, uma excitação, uma alegria que anos mais tarde compreendi sobretudo com minha mãe.Pois o meu tio tinha exilado para um país neutro para não ir para a guerra, cumprir serviço militar,havia a guerra nas ex colónias e era muito perigoso era um segredo que tinha minha avó e ninguém sabia.Também disse minha mãe que meu avô dormia com um livro debaixo do colchão.Isso só para se entender a falta de liberdade, de expressão que existia.As perseguições erm muitas, lembro-me da palavra Pide que significava prisão para quem fosse interceptado pela então polícia. Enfim tudo passou porque houve Homens corajosos que não abdicaram dos seus ideais.Muitos governos se formaram, uns melhores do que outros mas a democracia e a liberdade passaram a existir até hoje apesar da vida não estar fácil, a custo da revolução dos cravos sem guerra.Fora a Ditadura viva o 25 de Abril de 1974." E depois do Adeus"----"Grândola Vila Morena -o Povo é quem mais ordena---Canções que ficaram célebres neste dia penso que a primeira constituiu o sinal para o começo e a segunda logo a seguir.Todos os anos esta data é lembrada com um feriado e tem-se feito um esforço para que ela seja entendida pelos mais novos.