terça-feira, abril 22, 2008

DIA DA TERRA


DIA DA TERRA

carmen l. fossari

Sobre ti nossas arquiteturas
E te cobrimos de negros asfaltos
Te fincamos estacas donatárias
Te palmilhamos e velozmente
Te fazemos ao caminharmos
Caminho
De profundeza e mistérios
Hão de habitar ao teu ventre
Aos enigmas ,a seiva da vida
Vegetal que acolhes e fertilizas.
Abrigas ao teu leito todas as águas
Terras de tantas cores
Barros aquarelais de vermelhos e ocres,
E negritudes finas em camadas
E areais rasos e altos em dunas
Pântanos onde te casas em ficar entre
Terra e a água, plasmados.
Simbiose de opostos .
Extrativistas te solapamos
Camadas,
Buracos, ao solo do subsolo.
Buscamos a ligeireza dos caminhos
Metroviários.
Os pássaros que no céu
São livres em teus frutos,
Ao alimento que ofertas,
O provam e ainda
Toda a espécie mineral
Que é a tua tatuagem
De brilhos,e as minas que cegam
Ao desejo da posse da espécie humana.
Esta que dentre todas as que dás abrigo
Mais te faz agressões em se acreditar
De inteligência pródiga.

E sois a mãe que perdoa e sabe advertir
Em vulcões expeles teu vômito
De fogo e sequer sabemos
Recolher as cinzas.
II
Os lírios te nascem livres
Rosas, copyuhes, tulipas,
Magnólias, alfazemas, girassóis
Misiotes, amor perfeito, gérberas,
Flores tantas frutos outros
Uvas do vinho em promessa!
Em saúde te buscamos os verdes
As legumináceas
Tudo em formas redondas
Que te combinas com o Planeta que te tem
Ao nome em igualdade.

Choras da águas recebidas em excesso
Das outras que ausentes ferem tua
Camada de pele, onde frutificas
As flores e a profundeza agudiza o secar
Das raízes profundas

TERRA, TERRA, TERRA

Te celebramos em um dia e as noites
Apenas aos céus olhamos as estrelas e luas
Esquecendo-nos, mesmas pessoas,
Que teus frutos são as galáxias
Que nos permitem a sobrevivência.
E sem eles já não mais seriamos em vida de estarmos...
E mesmo com esta lascívia de não te reconhecermos
És dadivosa, és o útero onde tocam os tambores
Desde as Áfricas e todos os continentes
Em quereres ser, sem demarcações
Livre, e pertenceres apenas
Aqueles que te sabem colher e semear os frutos

2 comentários:

joão m. jacinto & poemas disse...

Belo poema à Grande Mãe!
Tudo de bom para si, poeta Carmen!

bj

jj

CARMEN FOSSARI disse...

Obrigada Menino do Montijo, o Poeta
de estrelas e almas
bj
carmen